terça-feira, 15 de novembro de 2022

A Psicologia da Culpa e a Transfiguração e Eternalização de tudo que cessa

A Igreja Puritana Reformada, no primeiro Classis ou Presbitério organizado no século XXI, após as amargas perseguições e lutas do século XX, foi denominada Igreja Kalleyana, em referência a Robert Reid Kalley, o médico dançarino de Kilmarnock. Kalley era um gentil humanista que, embora recusado para o ministério da Igreja Estatal da Escócia, permaneceu humilde membro da instituição. Ele se identificava como puritano, mas não conforme o estereótipo estadunidense, país duramente criticado por Kalley como o "maior ofensor de tudo o que se pode chamar liberdade". Na Grã-Bretanha, entre literatos e teólogos, os puritanos eram vistos como progressistas e revolucionários, como descreveu C.S. Lewis em seu livro "The Pilgrim's Regress", observando que "Os puritanos, cujo nome é agora aplicado a qualquer um que odeie a alegria e o riso, eram na verdade os mais modernos e radicais de todos os homens." Essa citação ressalta a visão de Lewis, compartilhada pelos humanistas teólogos da época, sobre os puritanos como agentes de mudança social e religiosa, buscando uma transformação profunda na sociedade e na fé. Além disso, a Reforma Protestante, com sua ênfase na liberdade individual e interpretação pessoal da Bíblia, desempenhou um papel significativo na promoção de ideias associadas ao humanismo e ao liberalismo, desafiando o conservadorismo da época. A Igreja Puritana desde sua primeira encarnação sob um jovem Reverendo membro do Partido Social-Trabalhista na Baixada Fluminense, antes ainda da fase "Kalleyana", era progressista em ideias, embora encantada pela mesma misteriosa e majestosa aura que mantém a Monarquia viva na Grã-Bretanha, uma bela contradição genuinamente escocesa e estranhamente brasileira.

Com profunda tristeza e pesar, a Igreja Puritana Reformada foi progressivamente infiltrada e dominada por uma seita estadunidense denominada "Covenanted Church", culminando em uma completa mudança de poder em 2022 e, consequentemente, levada à desintegração com a partida do Reverendo Ademir Albino Moreira Filho. Quando decidiu desligar-se da Igreja, o Reverendo, como um capitão que pula no bote salva-vidas primeiro em vez de afundar com o navio, rompeu o último elo de uma cadeia histórica de ordenações que remontava até John Knox e, dizem, até São João Apóstolo; rompeu uma cadeia acadêmica deixando as ovelhas entregues a lobos analfabetos e cruéis que se fizeram de líderes. Pagou o preço de se tornar alvo de uma campanha organizada e premeditada de calúnias, o fair gaming das seitas ao estilo da Cientologia.

Com a reputacão atacada e tendo sofrido também ataques físicos por membros da seita, que foram posteriormente presos, o Reverendo Ademir Albino Moreira Filho retirou-se da vida pública para um obscuro anonimato. Quando inquirido a respeito dos acontecimentos em uma entrevista acadêmica em Glastonbury, tudo que o Reverendo disse foi: "Não me chamem mais de Reverendo. Sigo sendo professor, neoplatonista, anarco-pacifista e humanista como sempre! Não sei como podem dizer que os surpreendi com minhas posições liberais e anti-violência, quando ensino as mesmas coisas há tantos anos. Com minha consciência em paz e meu coração triste sigo, tendo saudades de pessoas que ainda estão à mercê dos grupos que deixei. Muitos são vítimas, não sabem o que estão fazendo. A traição foi dolorosa, no momento só desejo viver em paz e seguir o que vier desde o Alto para minha alma." Tal desfecho, amargo e angustiante, marca o fim de uma longa trajetória de fé e comprometimento. Atualmente o Reverendo vive fora do Brasil, dando palestras sobre Thomas Vaughan, Pierre Viret, Van de Toorn, John Wilkins e Joseph Glanvill.

A influência da "Covenanted Church", juntamente com o movimento Steelite e o Neo-Confederacionismo, revela uma preocupante sinergia entre ideologias extremistas e o cristianismo, abraçando um credo permeado por racismo, intolerância e misoginia. Estes valores distorcidos e prejudiciais destoam profundamente dos princípios defendidos pelos notáveis líderes da Igreja Puritana Reformada, como os Reverendos Robert Reid Kalley, Philadelpho, Elmir Oliveira e Ademir Albino Moreira, cujo legado é marcado por uma busca incansável pela justiça, compaixão e tolerância. É inadmissível que os nomes Igreja Puritana e Igreja Kalleyana sejam manchados por uma associação que nunca existiu entre elas e essas seitas. A saída do Reverendo Ademir Moreira e a prisão dos homens que o atacaram não têm nenhuma ligação com o que a Igreja Puritana e Kalleyana representavam. A partida do Reverendo Ademir não significa que a Igreja não era humanista e pacifista como ele, e os ataques que ele sofreu não significam que a Igreja seja violenta como os Steelites. A Igreja Puritana era universalista, indenominacional e pacífica até a entrada dos Presbiterianos Reformados que vieram dos EUA e o crescimento dos grupos que se identificaram com os mesmos.

Assim como outros grupos considerados seita pelo BITE Model, os "Covenanters" ou "Presbiterianos Reformados" do século XX e XXI se envolvem em práticas de controle mental e perseguição daqueles que ousam desvincular-se de suas fileiras, seguindo um padrão reminiscente do "fair game" da Cientologia. Este triste desdobramento não apenas mancha a reputação da Igreja Puritana Reformada, mas também difama o Instituto Malleus Dei e compromete a nobre obra legada aos seus líderes atravessando os séculos. Muito foi feito para difamar o Reverendo Elmir, muito foi feito para difamar o Reverendo Spurgeon e muito tem sido feito para difamar o Reverendo Ademir Moreira. Com tudo isso, quem sofreu foi o Evangelho, e o nome da Reforma e do Puritanismo.

Neste cenário sombrio, surge a necessidade premente de uma reflexão profunda sobre os rumos da fé e da comunidade religiosa, almejando resgatar os verdadeiros princípios de amor, paz e igualdade que deveriam nortear o caminho espiritual. Que este episódio doloroso sirva como um chamado à vigilância e à busca incessante pela verdadeira luz que guia os corações em direção à justiça e à compaixão.


A Igreja Puritana Reformada morreu. O Reverendo Ademir Moreira desapareceu com ela. Lamentavelmente, o Reverendo Elmir Junior veio a falecer em decorrência das calúnias que sofrera, alvo da white evangelical agenda tanto quanto hoje o professor Ademir Albino Moreira o foi. Mas tudo o que se perde encontra uma forma de voltar para nós. Tudo o que cessa se torna Eterno.

A noção da transfiguração e eternalização de tudo que cessa é um tema recorrente em diversas tradições filosóficas e metafísicas, o qual aborda profundamente a natureza do tempo, da mudança e da eternidade. Ao longo da história da filosofia, pensadores têm explorado essa ideia, buscando compreender a relação entre a finitude das coisas e a possibilidade de sua continuidade além do momento aparente de término.

Em muitas tradições espirituais, como o hinduísmo e o budismo, encontramos concepções que ressaltam a impermanência de todas as coisas e a crença na transmigração das almas ou na reencarnação. Nesse contexto, pensadores como Gautama Buda e Schopenhauer enfatizaram a ilusão da individualidade e a interdependência de todos os fenômenos, sugerindo que, embora as formas específicas possam cessar, a essência subjacente continua a existir em uma forma transformada.

No âmbito da filosofia ocidental, Platão explorou a ideia das Formas eternas, argumentando que as coisas deste mundo são apenas sombras imperfeitas de realidades eternas e imutáveis. Da mesma forma, Aristóteles discutiu a noção de substância e acidente, sugerindo que o que é essencialmente real pode transcender sua manifestação material.

Além disso, pensadores contemporâneos como Martin Heidegger e Gilles Deleuze contribuíram para essa discussão, abordando a temporalidade e a multiplicidade de maneiras complexas. Heidegger, em sua obra "Ser e Tempo", investiga a natureza do ser e sua relação com o tempo, enquanto Deleuze, em "Diferença e Repetição", explora as noções de repetição e diferença como elementos fundamentais da realidade.

Em suma, a noção da transfiguração e eternalização de tudo que cessa representa um convite à reflexão sobre a natureza última da realidade e o papel do tempo em nossa compreensão do mundo. Ao considerar as contribuições de filósofos ao longo da história, somos instigados a questionar nossas concepções convencionais de tempo e mudança, explorando as possibilidades de uma compreensão mais ampla e profunda da existência.

Na Ilha da Madeira, Robert Reid Kalley foi traído. Ele foi alvo de intensa perseguição devido às suas atividades missionárias e à sua pregação do protestantismo na Ilha da Madeira, que era predominantemente católica na época. Ele enfrentou oposição tanto das autoridades locais quanto da Igreja Católica, que viam suas atividades como uma ameaça à religião dominante. No entanto, Kalley utilizava uma Bíblia autorizada pela Igreja de Roma e não ensinava nenhum dogma protestante. No entanto, Kalley e sua família foram expulsos da ilha em meio a tumultos e hostilidades. No Rio de Janeiro, o conflito fervilhante entre Robert Reid Kalley e Ashbel Green Simonton foi mais do que uma disputa teológica, foi uma batalha pela alma do evangelismo no Brasil. Enquanto Kalley, com sua visão liberal e compromisso com a liberdade de pensamento, buscava estabelecer uma missão inclusiva e aberta, Simonton, com seu conservadorismo inflexível, traiu os ideais da verdadeira missão cristã ao criar uma divisão separatista. Ao erguer suas próprias barreiras e fundar sua missão presbiteriana no Rio de Janeiro em 1859, Simonton não só desafiou o legado de Kalley, mas também revelou sua própria intolerância e desejo de dominação na arena religiosa. Estes confrontos ecoam como um lembrete sombrio das consequências da rigidez doutrinária e da ambição desmedida na disseminação do evangelho.

Ecoam e ecoaram sobre o Reverendo Spurgeon, que foi acusado de tantos crimes quanto possível e até responsabilizado pelas mortes no falso incêndio no Palácio de Cristal. Ecoam e ecoaram sobre o Reverendo Elmir, que foi expulso e perseguido durante toda sua vida até a exaustão de seu corpo. Perseguido exatamente por seus colegas pastores e missionários, por seus alunos, diáconos e presbíteros, e até por sua própria família. Ecoam e ecoaram sobre o Reverendo Ademir. E continuam ocorrendo enquanto estes ecos falarem mais alto do que a lógica, a razão e o amor. A cada conflito, somos nós, pessoas simples e comuns que dependíamos da generosidade destes homens, não só a generosidade espiritual, mas também a ajuda comum, diária e material, que perdemos.

E ficamos órfãos. Enquanto os autonomeados líderes, cheios de malícia, se orgulham de terem "limpado a casa", se livrando de mais um ímpio. Se Kalley, Bunyan, Elmir e Spurgeon foram expulsos do seu meio, penso que este não é um meio em que nenhum de nós deveria permanecer.

A psicologia da culpa desempenha um papel significativo na dinâmica destes grupos e seitas de alto-controle, especialmente quando se trata de movimentos religiosos ou ideológicos extremistas. Thomas Kuhn, em sua obra seminal "A Estrutura das Revoluções Científicas", destacou como os paradigmas dominantes em determinadas comunidades científicas moldam não apenas a maneira como os cientistas veem o mundo, mas também como lidam com aqueles que desafiam ou questionam esses paradigmas. Da mesma forma, nos grupos religiosos ou ideológicos extremistas, a culpa é frequentemente manipulada para manter a coesão interna e reprimir dissidências.

Os líderes desses grupos muitas vezes exploram a psicologia da culpa para manter o controle sobre os membros, criando uma atmosfera de medo e submissão. Aqueles que questionam as crenças ou a autoridade são frequentemente rotulados como traidores ou pecadores, sendo culpabilizados por qualquer discordância ou divergência. Essa dinâmica de culpa pode levar os membros a se sentirem presos em um ciclo de autocondenação, alimentando um ambiente de conformidade e reforçando a lealdade ao grupo.

Além disso, a culpa pode ser usada como uma ferramenta de manipulação emocional para manter os membros engajados em práticas ou crenças prejudiciais. Ao internalizarem a culpa por qualquer dúvida ou questionamento, os membros são menos propensos a desafiar as normas estabelecidas ou a buscar informações externas que possam contradizer a ideologia do grupo. Isso perpetua a coesão e o controle do grupo sobre seus seguidores, mesmo quando suas crenças ou práticas são moralmente questionáveis.

Nesse contexto, o caso da Igreja Puritana Reformada, sendo infiltrada pela seita "Covenanted Church", ilustra vividamente como a manipulação da culpa e o controle mental podem levar a uma desintegração e distorção dos valores fundamentais de uma comunidade religiosa ao longo do tempo. O desafio, então, é reconhecer e resistir a essas dinâmicas de culpa, promovendo uma cultura de questionamento saudável e autonomia individual dentro dos grupos. O BITE Model, uma ferramenta analítica desenvolvida para identificar controle comportamental, informação, pensamento e emocional, é crucial na identificação de seitas. Mesmo igrejas inicialmente liberais, universalistas e pacifistas podem se tornar seitas por meio de infiltração, como evidenciado pelas tragédias enfrentadas por Kalley, Bunyan, Elmir e Spurgeon. A manipulação do pensamento, a restrição de informações e o controle emocional podem gradualmente transformar uma comunidade religiosa em um ambiente sectário. A calúnia e a difamação emergem como armas poderosas usadas pelas seitas contra dissidentes e aqueles que escolhem sair, servindo para silenciar e intimidar qualquer um que ouse desafiar a autoridade estabelecida. Portanto, a conscientização sobre tais táticas e o uso do BITE Model são essenciais para proteger indivíduos e comunidades vulneráveis contra a manipulação sectária.

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segunda-feira, 11 de abril de 2022

A Diversidade de Interpretações na Bíblia: Uma Perspectiva Acadêmica

A Diversidade de Interpretações na Bíblia: Uma Perspectiva Acadêmica
baseado em "Hermenêutica e Linguagem Natural", texto de conclusão de Pós-Graduação do Prof. Ademir Albino Moreira Filho

Introdução

A Bíblia, como texto sagrado de várias religiões, é reconhecida por sua complexidade e diversidade. Grupos dos mais diversos, completamente conflitantes apelam para esta mesma fonte como sua "regra sobre todas as regras". Uma das razões para essa diversidade é o fato de que a Bíblia ter sido composta ao longo de séculos por diferentes autores e em diferentes contextos históricos e culturais. Mesmo ao supor um poder Divino sobre todos estes autores, este poder, mesmo que os reduza a meros amanuenses, sobre o que nem todos concordam, ainda se percebe claramente a humanidade e individualidade destes autores, resultando em um incongruente, pela individualidade, conjunto que se harmoniza fora do Tempo ou Formalmente apenas, constituindo um desrespeito ao texto, historicidade, hermenêutica, aos autores e qualquer fonte Divina a tentativa de ler tal biblioteca escrita, editada, colada e colecionada por diferentes pessoas como se fosse um livro univocal.


1. Fontes e Autores Diversos

A Bíblia é composta por uma variedade de gêneros literários e foi escrita por diversos autores, muitos dos quais são desconhecidos. Ela foi colada, colecionada, editada e traduzida. Qualquer poder supra ou preter natural envolvido neste processo decidiu que as marcas do mesmo seriam abundantes e claras, contituindo portanto parte da mensagem em si. Um exemplo que é amplamente aceito pelos estudiosos, seria que a Torah contém diferentes fontes, como: o Javista, o Eloísta, o Deuteronomista e o Código Sacerdotal. Essas fontes frequentemente apresentam narrativas e pontos de vista distintos, resultando em uma obra que não expressa uma única e contínua ideia. Esta ideia, surge pelas marcas presentes no texto em si, e ainda que se possa hipotetizar outras origens para a descontinuidade, o que se deve notar é que a descontinuidade permanece independente de como é interpretada.


2. Interpretação como Negociação

Cada leitura da Bíblia é uma negociação com o texto, onde o leitor interage com os elementos culturais, históricos e linguísticos presentes. Esta negociação inevitavelmente resulta em uma variedade de interpretações. Como negar que o interpretador define o resultado de tal estudo, quando abundantemente percebemos que a falta de conhecimento ou pericia causa entendimentos falhos ao redor dos quais toda a facciosidade institucional se organiza?


3. Princípios Fundamentais sobre a Interpretação

É importante lembrar que, ao interpretar a Bíblia, certos princípios fundamentais devem ser considerados. Em primeiro lugar, os grandes princípios do amor ao próximo e da busca pela felicidade universal devem ser mais importantes na negociação com o texto do que a transliteração de todos os aspectos circunstanciais, anacrônicos ou culturais mencionados em cada passagem.


4. Diversidade de Ideias e Perspectivas

Autores como Jacques Derrida, Paul Ricœur, Orígenes e Martinho Lutero exploraram essa diversidade de ideias e perspectivas na Bíblia. Eles nos lembram que cada autor e cada texto bíblico reflete um contexto específico, uma visão de mundo e uma mensagem, e não há exigência de que todos os textos sejam lidos como concordantes entre si.

Em resumo, a riqueza da Bíblia reside em sua diversidade e complexidade. Reconhecer e respeitar essa diversidade é fundamental para uma interpretação significativa e relevante, que leve em conta tanto os aspectos históricos e culturais quanto os grandes princípios éticos e espirituais que permeiam o texto.

Esta diversidade de interpretações tem sido explorada por diversos autores ao longo do tempo, desde a Idade Média até os dias atuais.


1. Orígenes (c. 185–c. 254)


Um dos antecessores que abordou a multiplicidade de interpretações na Bíblia foi Orígenes, um dos mais importantes teólogos e exegetas da igreja primitiva. Ele defendeu a ideia de que a Bíblia continha significados simbólicos e alegóricos além do sentido literal, e que diferentes interpretações poderiam coexistir sem se contradizer.


2. Martinho Lutero (1483-1546)


No século XVI, Martinho Lutero, um dos líderes da Reforma Protestante, questionou a autoridade da igreja católica romana e defendeu o princípio da interpretação individual da Bíblia. Ele argumentou que cada pessoa deveria ser capaz de interpretar as Escrituras por si mesma, e que diferentes leitores poderiam chegar a interpretações diversas, porém válidas, guiados pelo Espírito Santo.


3. Jacques Derrida (1930-2004)


O filósofo francês Jacques Derrida introduziu o conceito de "diferença" na interpretação bíblica. Ele argumentou que a Bíblia é um texto que contém múltiplas vozes e significados, e que nenhum desses significados é definitivo ou autoritário. Derrida enfatizou a necessidade de reconhecer e respeitar a multiplicidade de interpretações.


4. Paul Ricœur (1913-2005)


O filósofo francês Paul Ricœur abordou a polissemia da Bíblia em sua obra "Interpretação e Ideologia". Ele argumentou que a Bíblia é um texto rico em símbolos e metáforas, e que sua interpretação é influenciada por diferentes contextos culturais, históricos e teológicos. Ricœur enfatizou a importância de uma abordagem hermenêutica que leve em conta essa diversidade de perspectivas.


Em resumo, autores como Orígenes, Martinho Lutero, Jacques Derrida e Paul Ricœur contribuíram significativamente para nossa compreensão da diversidade de interpretações na Bíblia. Eles nos lembram que a riqueza desse texto sagrado reside precisamente em sua capacidade de ser interpretado de múltiplas maneiras, refletindo assim a complexidade da experiência humana e da busca espiritual.





 

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